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Carolina Camargo de Oliveira (UFPR)

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“Microscopia eletrônica como ferramenta para estudo da atividade biológica de compostos”

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 Com o intuito de descobrir novos materiais e compostos que sejam eficazes para a melhora ou cura de doenças, diversas são as técnicas utilizadas em laboratórios ao redor do mundo. Para tal, após o isolamento e seleção de moléculas assim como o desenvolvimento de novos materiais, testes in vitro direcionados a determinar biocompatibilidade desses devem ser realizados. Os primeiros testes a serem realizados são relacionados a citotoxidade, que através de ensaios bioquímicos e avaliações microscópicas rotineiras utilizando microscopia de luz, auxiliam na determinação de concentrações adequadas para posteriores avaliações. Uma vez encontradas concentrações aparentemente seguras, outras metodologias são empregadas para determinar a atividade desses materiais ou compostos. Células cultivadas in vitro em monocamadas ou ainda de forma tridimensional possuem características morfológicas e ultraestruturais intrínsecas, e essas podem ser utilizadas diretamente para a avaliação dos efeitos biológicos. Nesse sentido a microscopia eletrônica é fundamental, tendo em vista a possibilidade de observação de detalhes importantes para a avaliação celular. Diversas são as análises que podem ser realizadas através de microscopia eletrônica. A microscopia eletrônica de varredura pode ser utilizada, por exemplo, para observar e determinar interações intercelulares (via membrana plasmática) importantes para a manutenção ou interrupção de doenças. Já a microscopia eletrônica de transmissão pode fornecer informações relacionadas a modificações ultraestruturais em organelas provocadas pelos compostos. Para determinar o melhor tipo de análise e qual tipo de microscopia utilizar, deverá ser levado em conta o tipo de célula a ser testada, assim como o que se espera encontrar com esse tipo de experimento. Mas de forma geral, a microscopia eletrônica nos fornece resolução suficiente para determinar e avaliar a atividade de novos compostos em culturas celulares, sendo uma ferramenta de grande valia para os testes iniciais no descobrimento de novas drogas.

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